terça-feira, 18 de abril de 2006
sinais
avisos de alarme crus
pintas tintas na carne nua
círculos de trânsito triângulos
vermelhos verdes amarelos azuis
de pontuação pontos de interrogação
acenos insígnias trejeitos vestígios
sinais dos tempos
outros sinais
mas estes
são os sinais de ontem
dobre fúnebre de sinos
ao fim da tarde tristes
em campanário de aldeia
na despedida de corpo de Amiga
dolentes saudosos es pa ça dos
só dois tons de intervalo menor
repetia o primeiro mais em cima
respondia o segundo em tom baixo
assim
talim.... talim.... talão....
talim.... talim.... talão....
sons de meu tempo de menino que
agora repito ridículo sujeito a
gracejos brutescos de gente que
não sente o que eu sinto
de sino
sinais
Daniel Sant'Iago
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7 comentários:
fico em silêncio ...num instante entre compasso e o es pa ço .. entre o eco do entre o talim e o talão ... em silêncio taciturno...
daniel
um beijo...
daniel permita.me uma correcção ao comentário " entre o eco entre o talim e entre o talão..." ás vezes a pressa dá nestas coisas...
mais 1 beijo..
Olá, "hjnc"!
Obrigado! De facto, há dias em que partilhamos sentimentos sem querer
porque, se escrevo, as palavras também me manipulam e não me deixam calar...
Poderia ter escrito sobre "sinais" sem me abrir... Mas já está!
Beijo.
daniel
nunca devemos gozar as memórias e sentimentos de alguém.
Um poema sentido que leio em silêncio...
Beijo
Para fairy_morgaine:
Gozei com "memórias e sentimentos"?
Deduzo que, pelo menos, houve uma leitura totalmente oposta à intenção com que escrevi.
Releio texto e comentários e não entendo onde está o "gozo"...
Mas admito que há palavras que nos traem... E o "nunca" é uma delas!
daniel sant'iago
Para micas:
Obrigado.
Sei que sente!
Beijo.
daniel
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