domingo, 9 de abril de 2006

talvez em chinês (II)


martin roemers

Lau, filho mais novo do velho Chong,
seduzido pela fogosidade de uma das
éguas selvagens, não resistiu. Montou-a.
Primeiro a passo seguido de trote.
Breve o galope. Quis domá-la. A queda
inevitável. Lau partiu uma perna.

E os tais vizinhos, todos-todos, os mesmos...
...
fitou-os imóvel e murmurou:
- Talvez... talvez.... talvez!

Nesses tempos, a China...
...
E o velho Chong, afagando a face ao filho,
fitou-os imóvel e murmurou:

- Talvez!


Obrigado, Chan, neto de Chong e
filho de Lau, meu amigo chinês de
Macau.
Até sempre.


(Este texto encontra-se publicado...

... no meu livro)

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