maurício ianês
quanta sede sou
contorcido em cortiça ressequida
dá-me de beber
naquela púcara de barro porosa
bojuda roliça sem asa
enleada nos teus dedos de oleiro
encharca-me
em esponja de suor empapado
ébrio
mancharei a neve dum linho leve
contorcido em cortiça ressequida
dá-me de beber
naquela púcara de barro porosa
bojuda roliça sem asa
enleada nos teus dedos de oleiro
encharca-me
em esponja de suor empapado
ébrio
mancharei a neve dum linho leve
daniel
8 comentários:
Sabe bem beber pela púcara de barro sem dúvida.Tenho saudades.
Beijo.
Lisa
E eu também...
Outro
daniel
Eu bebia água da "sanga". Que a minha avó diariamente enchia. Aquele sabor de barro inesquecível!
O que me fazes recordar!
Beijos
Olá, Cangonja!
O que é a "sanga"?
E a frescura da água?
Recordar... não ajuda a encontrarmo-nos?
Outros.
daniel
Eu bebia pelo "coxo", de cortiça, directamente da água do poço...
...até que apareceram rãs no coxo e tive nojo... :p
eu bebia de uma "enfusa "de barro... enleada nas mãos do oleiro... por um "cocharro" de cortiça polida...e tenho umas saudades brutais de matar a minha sede assim...
um beijo sequioso
Belynha
Nojo das rãs...
Coitadas!
daniel
Ailéh
A minha púcara puxou pela mão a sanga, o cocho, a enfusa, o cocharro e (acrescento eu) o tarro.
De barro e cortiça... Esqueçamos o vidro e o plástico!
A frescura que os poros dão!
Outro.
daniel
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