quinta-feira, 31 de agosto de 2006
limites
michal barteczko
onde os limites
ao poder dum amor cego
sob a venda negra da paixão
onde os limites
se
a pele é seda
a dor é prazer
o obsceno aguilhão
a exaustão prado ameno
retirada a venda à paixão
resta a calma no olhar
ao mais fundo da alma
com limites
daniel
terça-feira, 29 de agosto de 2006
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Carta a Sexa
Excelentíssimo Senhor
Permita que ouse, com simplicidade, dirigir a Vossa Excelência algumas palavras de profunda admiração. A dignidade com que exerce as suas funções não me agrada! Deslumbra-me!
Testemunho vivo do reconhecimento foi a sessão de homenagem na terrinha de Vexa a que tive a honra de assistir. Um honroso convite dos seus amigos, honestos e penhorados, que souberam retribuir-lhe o muito que lhe devem. Quanta energia dispendida na divulgação da festa! Merece!
A palestra que proferiu será inesquecível e digna de edição de luxo. Pecado meu a incapacidade para a compreender. Nem calcula como me penitencio.
Não!
Vossa Excelência é rei, dada a corte que o envolve, mas não vai nu!
Vi-o vestido de fato completo e bem acompanhado por genuíno champanhe francês sobre a mesa da conferência.
Embalado, adormeci ao fixar-me na taça onde o gás borbulhava! Outro pecado!
Mas não me fiz rogado ao aplaudi-lo, de pé e com entusiasmo! Contágio da imensa trovoada de aplausos com que os seus amigos, familiares e conterrâneos, tão grata gente, comprometida com o poder que Vexa exerce, o distinguiram e me acordaram.
Deixe-me que lhe confesse quanto me sensibilizou a naturalidade e a elegância daquele gesto sublime ao levar os dedos aos lábios para evitar que o gás regressasse! Tive pena que o fizesse porque o champanhe era francês e foi sorvido com um melodioso prazer .
Cumprimenta-o com estima.
X...
PS: Permita-me um conselho de amigo convidado.
Não se iniba de libertar o gás do champanhe francês, por cima à frente ou por baixo atrás. Não é todos os dias que a sua corte de colaboradores tão próximos podem usufruir dum aroma tão sonoramente europeu!
Deus guarde Vossa Excelência porque só Ele é infinitamente justo e não consta das Escrituras que alguma vez tivesse tido o nariz entupido.
X...
daniel
Testemunho vivo do reconhecimento foi a sessão de homenagem na terrinha de Vexa a que tive a honra de assistir. Um honroso convite dos seus amigos, honestos e penhorados, que souberam retribuir-lhe o muito que lhe devem. Quanta energia dispendida na divulgação da festa! Merece!
A palestra que proferiu será inesquecível e digna de edição de luxo. Pecado meu a incapacidade para a compreender. Nem calcula como me penitencio.
Não!
Vossa Excelência é rei, dada a corte que o envolve, mas não vai nu!
Vi-o vestido de fato completo e bem acompanhado por genuíno champanhe francês sobre a mesa da conferência.
Embalado, adormeci ao fixar-me na taça onde o gás borbulhava! Outro pecado!
Mas não me fiz rogado ao aplaudi-lo, de pé e com entusiasmo! Contágio da imensa trovoada de aplausos com que os seus amigos, familiares e conterrâneos, tão grata gente, comprometida com o poder que Vexa exerce, o distinguiram e me acordaram.
Deixe-me que lhe confesse quanto me sensibilizou a naturalidade e a elegância daquele gesto sublime ao levar os dedos aos lábios para evitar que o gás regressasse! Tive pena que o fizesse porque o champanhe era francês e foi sorvido com um melodioso prazer .
Cumprimenta-o com estima.
X...
PS: Permita-me um conselho de amigo convidado.
Não se iniba de libertar o gás do champanhe francês, por cima à frente ou por baixo atrás. Não é todos os dias que a sua corte de colaboradores tão próximos podem usufruir dum aroma tão sonoramente europeu!
Deus guarde Vossa Excelência porque só Ele é infinitamente justo e não consta das Escrituras que alguma vez tivesse tido o nariz entupido.
X...
daniel
domingo, 27 de agosto de 2006
Jóia para Sexa
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
nós
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
nocturno - opus 173
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
pedidos (a)gosto
se me pedires
o céu
dar-te-ei uma mancheia
de estrelas
seis brilhantes brancos
um a um
se me pedires
a terra
dar-te-ei um punhado
de areias
águas marinhas mil
grão a grão
se me pedires
o fogo
dar-te-ei uma lareira
de rubis escuros
sangue em brasas
gota a gota
se me pedires
a água
dar-te-ei uma fonte
de ametistas
rios de rocha roxa
pingo a pingo
se mo pedires
dar-te-ei
se ma pedires
também
se pedires
darei
daniel
o céu
dar-te-ei uma mancheia
de estrelas
seis brilhantes brancos
um a um
se me pedires
a terra
dar-te-ei um punhado
de areias
águas marinhas mil
grão a grão
se me pedires
o fogo
dar-te-ei uma lareira
de rubis escuros
sangue em brasas
gota a gota
se me pedires
a água
dar-te-ei uma fonte
de ametistas
rios de rocha roxa
pingo a pingo
se mo pedires
dar-te-ei
se ma pedires
também
se pedires
darei
daniel
sexta-feira, 11 de agosto de 2006
possuir
eugenio recuenco
possuir
não é segurar
e
arremessar um seixo
solto
é caminhada
de ida e volta
possuir é
ver e ouvir
olhar e contemplar
escutar e acolher
desejar e querer
em ida e volta
possuír é
convite à surpresa
cama e sobre a mesa
unir a união
ser um
respirar bem fundo
torcer o mundo
em ida e volta
nova a mente
escutar e olhar
acolher e contemplar
de novo
...
na ida
e
na volta
possuir
daniel
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
sem
segunda-feira, 7 de agosto de 2006
contar de novo
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
mais um dia de vida
roswell-in-space
debruei com o anel
num pedaço de casca de pinheiro
um barquinho castanho
com um fósforo
por mastro
e
por vela
um triângulo branco de papel
e
no lago verde do jardim
um peixinho vermelho
guiou-o nos ombros
e
uniu a minha margem à tua
com a aragem dum sopro
dos meus lábios
feitos beijo
o céu numa aguarela de azul
o sol numa chama de fogo
muito ao longe fugia
uma nuvem muito negra
duma violenta tempestade
daniel
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