segunda-feira, 3 de julho de 2006

diálogo três...


foto de chema madoz

- Mãe...?
- Sim...
- Diz-se pintas?
- Sim...
- Pintor, pinturas e... pintas!
- Não! Tintas!
- Porquê?
- É assim...
- Eu trouxí tintas da escola...
- Não é "eu trouxí".. É "eu trouxe"!
- Porquê, mãe?
- Porque... porque... não sei explicar-te...
- Porquê, mãe?
- Deixa ver se consigo... Como tu as palavras
nascem e crescem e vivem... Percebeste?
- Parece que sim... É como as minhas duas fotografias?
Numa sou bebé. E nesta... aqui... tenho o dedo no nariz...

daniel

14 comentários:

lisa disse...

Excelente!
Fez-me lembrar a mina cianxa. Ai não se diz assim, e sim minha criança.

Beijo.

Unknown disse...

"lisa"
Que bom re(v)ler-te!
Do beijinho à tua "cianxa" que chegue um pouco para ti!

daniel

António Gomes disse...

Excelente. Fez-me pensar no acto de acolhermos as palavras e criarmos a sua morfologia (sua, nossa...) ainda torna a linguagem mais bela, como a fluidez que os brasileiros dão ao português por exemplo.

Unknown disse...

"anarquista duval"!
De acordo! Que dificuldade temos para ajuizar do correcto imposto e do erro acolhido... A sintaxe dos teus textos é a exploração dum caminho comparável à liberdade da busca da normalidade fonética numa criança ou à morfologia ( e não só...) com que o/a brasileiro/a enriquece o português. Qual a fronteira? Qual o limite? Conheces já um pouco a minha opinião... E, de facto, ouvir o português na boca dum/a brasileiro/a é sentir como acolhem o neologismo... E o adaptam à sua própria personalidade... A pessoa domina a linguística! Que crime para os sábios... Parece não haver limites à criatividade. Claro que não falo dos académicos... falo das gentes e de alguns escritores como, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade!
Obrigado por me teres ajudado a reflectir...

Um abraço.
daniel

Al.Jib/Gabriela R. Martins disse...

por contraponto incorri no erro de o ter visitado uma vez .ainda bem
.
.
.
porqe ,segui-lo é o fascínio consentido aos que pensam
.
.
mais um registo que se impõe
.
.
.
com a doçura branda da Língua que se escreve e fala nos dois lados do Oceano
.
.
mas ,enquanto uns pensam
.
os outros desvariam
.
.
.
dê um salto a
.
.
http://juliuscaeser.blogspot.com
.
e fique-se ,entetanto ,com
1 "kiss" kameloso

Unknown disse...

"al-jib"!
Obrigado. Escrevo com muito gosto mas nem sempre com bom gosto!
Não consigo agradar a gregos e a troianos...
Donde... o melhor é escrever... partilhar... e esperar pelas opiniões com fundamento.
Já fui ao linque que me indicou. É seu?
Vou ter de juntar horas ao tempo para o poder ler... Com a calma dum "kameloso" no deserto com a bossa vazia...

Abraço.
daniel

della-porther disse...

dan

hahahahahahhahahaha!!!!!

bezzzinhos

Unknown disse...

"della-porther"!
Mais um exemplo do que está escrito na resposta ao comentário de "anarquista duval"...
Vocês, brasileiros...! Como soará um "beijinho" com três "zês"?

Outros.
daniel
.........................
"dreams"!
E há tanta gente que trata as palavras como coisa e morta...
Não são coisas nem estão mortas, pois não?

Outro também...
daniel

della-porther disse...

Dan

Um dia ...quem sabe...estando ambos sentados à beira do Tejo,possa eu explicar-lhe a simplicidade sonora de um "bezzinhos" à brasileira. Você, tenho certeza,ficaria encantado.

beijos

Unknown disse...

"della-porther"!
Quem sabe?
Ficaria encantado...

Outros.
daniel

Al.Jib/Gabriela R. Martins disse...

é meu [ na elaboração ]
é seu [ na fruição ]
é dos outros [ na consumação ]
é nosso [ na criação ] - com + outro

http://o-caso.blogspot.com

1 kiss "tameroso"

Unknown disse...

"al-gib"!
E qual quer que eu linque?
Já tinha escolhido um... Mas posso mudar.
Escolha e diga!
Um abraço.

daniel

Anónimo disse...

Daniel


Gostei da chave...bonita.

Percebi.

Beijos

Unknown disse...

"emilia couto"
A chave contém a solução...
É chave e fechadura...

Outros.
daniel